terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Cajueirando - Adalberto Raimundo




Voltar, amargo desencontro

O velho banco da praça

Hoje vazio ainda guarda

O leve sussurro de vozes passadas.



O vento trás tênue lembrança

De um domingo à tarde.

Pipocas, gritos, sorrisos,

Crianças, balanços, encantos.



A solidão da praça

É minha solidão

Que grita tão só

Na cidade tão só

De uma tão só remota lembrança

De uma infância tão perdida

Escondida nas brumas

De meu tão perdido tempo.



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